O paleolítico e nossa criação a partir do trabalho
Podemos afirmar que o Paleolítico, periodização utilizada para definir a pré-história tecnológica humana, antecede e está na base do surgimento da nossa espécie biológica, resultado de milhões de anos de uso de ferramentas pelos primatas. Desta forma, nem a comunidade humana, nem sua sucessora neolítica, a sociedade de classes, como complexos dinâmicos de relações sociais entre homens e mulheres, podem ser compreendidas se nos restringirmos apenas à história do homo sapiens, a partir do processo de especiação que nos distinguiu de algumas variações do homo erectus há centenas de milhares de anos.
Há algumas décadas, as descobertas paleontológicas identificam em hominídios já extintos, do gênero Homo ou não e que fazem ou não parte da nossa linha de ascendência, características que até então julgávamos únicas à nossa espécie, como a capacidade de confeccionar ferramentas. O desenvolvimento cognitivo deses hominídios arcaicos vem sendo revisto à luz do papel destas ferramentas no trabalho e da necessária capacidade teleológica para se projetar e construir estas extensões do nosso corpo.
Existe abundante registro do uso de ferramentas no paleolítico inferior, iniciado há 2,6 milhões de anos atrás, um período 40 vezes mais antigo que as primeiras pinturas rupestres. Mais recentemente, o uso comprovado de ferramentas recuou cerca de 700 mil anos do previamente estipulado, com a publicação, em maio de 2015, na capa da Revista Nature, do artigo de Sonia Harmand e seus colegas, no qual relatam a descoberta de ferramentas líticas no sítio Lomekwi, no Quênia, com 3,3 milhões de anos. Como se tratam de artefatos dificilmente diferenciáveis aos olhos leigos de outros produzidos por fenômenos naturais, a ciência arqueológica superou diversas polêmicas aprimorando as técnicas necessárias para distingui-los e datá-los. Por isso, existe pouca disputa em torno dos achados de Lomekwi: a datação das cinzas vulcânicas no depósito de sedimentos no qual foi encontrado o conjunto de instrumentos, conformado por lascas, núcleos (de onde as lascas são separadas) e percutores (pedras usadas de forma ativa ou passiva como bigorna), foi obtida de uma forma muita precisa, usando-se técnicas de datação paleomagnéticas. Como o padrão de sedimentação dessas cinzas ao longo dos milênios é influenciado pela localização dos polos magnéticos, e as inversões destes ao longo da história são conhecidas e datadas, torna-se possível utilizá-las como um marcador de tempo.
Destarte, mesmo com a recente descoberta do fóssil de uma mandíbula no lago Ledi-Geraru, na Etiópia, cuja datação radiométrica o converteu no exemplar mais antigo de um representante do gênero Homo descoberto até o momento, com 2,8 milhões de anos (VILLMOARE, 2015), tornou-se difícil contra-argumentar a visão de que a produção de ferramentas precede o gênerodo qual fazemos parte em centenas de milhares de anos, remontando aos Australopithecus.
Este é o gênero de Lucy, uma das únicas descobertas de um fóssil de hominídio completo com esta idade, ao qual se junta agora um segundo esqueleto, revelado em dezembro de 2017, o Little Foot. Estas descobertas, nas quais foi preservada a anatomia completa dos esqueletos daqueles indivíduos, são extremamente raras, muitas espécies são descritas com base em fragmentos de poucos centímetros. A descoberta de Lucy em 1974 e a descoberta, no mesmo ano, de pegadas que australopitecíneos deixaram sobre cinzas vulcânicas nos permitiram estabelecer sem controvérsia que essas eram criaturas bípedes.
Conforme Gould descreveu em seu ensaio Posture maketh the man, os australopitecíneos que produziram essas ferramentas não se encaixavam nas noções preconcebidas de como “um elo perdido deveria se parecer”, o que levou, por muito tempo, vários cientistas a “se recusarem a aceitá-los como membros bona fide da nossa linhagem” (GOULD, 1995B). Eles esperavam uma transformação harmoniosa e linear do primata ao homem, impulsionada por um aumento da inteligência. O fato é que os australopitecíneos, com uma caixa craniana de volume similar à dos chimpanzés, com cerca de 400 cm³, já adotavam uma postura totalmente ereta ao caminhar, e fabricavam ferramentas1.
A maior parcela do nosso desenvolvimento cerebral, até chegar aos nossos atuais 1450 cm³ de volume da caixa craniana, ocorreu após a fase dos australopitecíneos. Por isso não faz sentindo a visão de que nossa evolução foi dirigida por um aumento do cérebro, como acreditava o famoso embriologista Karl Ernst von Baer, que escreveu em 1828 “A postura ereta é apenas a consequência do desenvolvimento do cérebro” (BAER apud GOULD, 1995B).
Essa posição, em uma época em que as evidências acumuladas não podiam ainda decidir a questão, era puramente ideológica, afinal, com exceção dos neandertais, os primeiros fósseis de hominídios foram descritos apenas no final do século XIX. Isso foi percebido por Engels, que afirmou:
Em face de todas essas imagens [leis, religião, arte, etc.], que aparentavam, em primeiro lugar, ser produtos da mente e pareciam dominar as sociedades humanas, as produções mais modestas da mão trabalhadora recuaram para o segundo plano, ainda porque a mente que planejava o trabalho era capaz, em um estágio muito precoce no desenvolvimento da sociedade (por exemplo, já na família primitiva), a ter o trabalho que havia sido planejado feito por outras mãos do que as suas próprias. Todo o mérito do rápido avanço da civilização foi atribuído à mente, ao desenvolvimento e atividade do cérebro. Os homens se acostumaram a explicar suas ações como decorrentes do pensamento em vez de suas necessidades (que de qualquer modo são refletidas e percebidas na mente); e, com o passar do tempo, emergiu essa visão mundial idealista que, especialmente desde a queda do mundo da antiguidade, dominou a mente dos homens. Ainda os governa ao ponto de que até mesmo os cientistas naturais mais materialistas da escola darwiniana ainda não conseguiram formar uma ideia clara da origem do homem, porque, sob essa influência ideológica, não reconhecem o papel desempenhado nesta pelo trabalho (ENGELS, 2010A, p. 452, tradução nossa).
Até o momento, as evidências que temos sugerem que o bipedismo é anterior à fabricação de ferramentas e nos garantem que esta é muito anterior ao processo de crescimento do volume ocupado pelo cérebro. Hoje, com o registro fóssil enriquecido com milhares de espécimes, aceita-se que “o cérebro não pode começar a crescer no vácuo. Um primeiro ímpeto deve ser propiciado por uma alteração no modo de vida que coloque um bônus seletivo forte na inteligência. A postura ereta libera as mãos para a locomoção e para a manipulação” (GOULD, 1995B).
Engels, enriquece assim a observação de Anaximandro de que o ser humano é mais inteligente que o restante dos animais porque têm mãos, o que, como vimos, foi posteriormente comprovado pelo registro fóssil:
a mão não é apenas o órgão do trabalho, é também produto do trabalho. Somente através do trabalho, por adaptação a operações sempre novas, (…) pelo emprego sempre renovado desses avanços herdados em novas e cada vez mais complicadas operações, pode a mão humana atingir o alto grau de perfeição necessário para conjurar as imagens de um Raphael, as estátuas de um Thorwaldsen, a música de um Paganini. (ENGELS, 2010A, p. 454, tradução nossa)
Engels também adiantou o argumento, retomado recentemente, ainda que sem menção ao seu nome, pela neurocientista brasileira Suzana Herculano-Houzel, em livro publicado em 2016, intitulado A vantagem humana: como nosso cérebro se tornou superpoderoso, em torno do impacto da mudança de dieta no desenvolvimento do cérebro, passando a incluir proteínas animais com a invenção das ferramentas de caça e também, mais recentemente, com a aplicação do fogo sobre os alimentos:
A dieta carnívora, no entanto, teve o seu maior efeito no cérebro, que passou a receber um fluxo muito mais rico dos materiais necessários para sua alimentação e desenvolvimento, permitindo-o portanto, se desenvolver de forma mais rápida e perfeita de geração em geração (…) [o domínio do fogo] encurtou ainda mais o processo digestivo, pois levava à boca comida que já estava meio digerida (ENGELS, 2010A, p. 455, tradução nossa).
A transição do Australopithecus ao gênero Homo, cujas espécies mais antigas que conhecemos até o momento são o Homo habilis e o Homo rudolfensis (ainda que alguns classifiquem o último como uma variação do primeiro), está associada à tradição de indústria lítica Olduvaiense, a mais antiga conhecida até a recente descoberta de Lomekwi. São ferramentas simples, também conhecidas como seixos talhados. A fabricação de uma ferramenta olduvaiense era obtida através de golpes feitos com uma pedra esférica (normalmente seixos obtidos nos cursos d’água) contra a ponta de uma outra pedra, que poderia ser de quartzo, basalto ou obsidiana, o que a fratura formando uma face afiada em um processo conhecido como redução lítica.
Durante o paleolítico, que durou 2,5 milhões de anos, o gênero Homo se diversificou e floresceram diversas espécies de hominídeos. Neste ínterim, ocorreram novas revoluções tecnológicas, como a produção de ferramentas líticas mais complexas, conhecidas como indústria acheuliana, que remonta a pelo menos 1,7 milhão de anos, sendo caracterizada por certo tipo de utensílios bifaces de pedra, no qual uma grande lasca era produzida e depois afiada com lascamentos menores e mais precisos, produzindo machadinhas. Estas foram produzidas pelo próprio Homo habilis (que significa homem habilidoso), mas de forma mais desenvolvida pelo Homo ergaster (que significa homem trabalhador) e pelo Homo erectus.
Além da indústria lítica, o paleolítico, principalmente sua fase superior, viu muitas outras transformações tecnológicas que permitiram que o Homo sapiens, e em alguns casos seus ancestrais, se espalhassem por todo o globo. Conforme listou Bevilaqua (2015, p. 248), são desse período as descobertas e invenções da “linguagem, o domínio sobre o fogo, a construção de abrigos, as roupas, as lanças, os arcos, as balsas, as redes, as representações pictóricas, os pigmentos, as flautas, a cerâmica, a domesticação dos cães, o curtimento do couro, os primeiros calendários, entre outras”.
Quais dessas descobertas foram feitas pelo Homo sapiens, e quais foram feitas pelas espécies que o antecederam ainda está em aberto. Uma nova datação realizada em crostas de carbonato que cobrem pinturas rupestres em pelo menos três cavernas da Espanha, forçaram a reavaliação acerca do excepcionalismo de nossa espécie em trabalhar com linguagem simbólica, ao indicarem que estas manifestações artísticas foram produzidas há mais de 64 mil anos, ou seja, quando os neandertais viviam naquela região, mas pelo menos 20 mil anos antes da data na qual acredita-se que nossa espécie adentrou o continente europeu. Para os autores:
A arte na caverna compreende principalmente pinturas pretas e vermelhas e inclui a representação de diversos animais, signos lineares, formas geométricas, estêncil de mãos e impressões de mãos. Destarte, os Neandertais possuíam um comportamento simbólico mais rico do que previamente pensado. (HOFFMANN, 2018).
Hoje se sabe, através da análise genética, que os neandertais, assim como outra espécie de homínidos, os denisovanos2, se miscigenaram com os Homo sapiens, o que faz deles nossos ancestrais e indica a existência de uma complexa interação, e até de colaboração cultural entre essas diferentes espécies (CALLAWAY, 2016). Com isso foi alterada a percepção acerca da complexidade cultural dos neandertais, antes vistos como intelectualmente inferiores aos Homo sapiens, o que era tido como determinante para sua extinção em um processo de competição por recursos entre ambas as espécies.
Atualmente, já não se pode afirmar com segurança quem, se os neandertais3 ou os humanos de então, tinha o comportamento mais complexo e maior capacidade cognitiva. Na verdade, apesar dos humanos anatomicamente modernos, esqueleticamente idênticos a nós, terem surgido há 200 mil anos, até o Paleolítico Superior, há 50 mil anos, período no qual inicia-se a chamada Revolução Criativa, à qual corresponde uma grande diversificação de artefatos encontrados, nosso comportamento não parece ter se diferenciado muito dos humanos arcaicos.
Enquanto o desenvolvimento ideológico mais complexo é exclusividade do gênero Homo, com alguns comportamentos remontando ao Homo erectus, historicamente, como vimos, a produção de ferramentas não é exclusividade deste gênero, o que é corroborado por observações contemporâneas entre as espécies de primatas não humanos atualmente existentes. A lacuna pelo fato de sermos a única espécie extante de uma árvore de diversos hominídeos pode ser cotejada com a descrição da utilização de ferramentas por outras espécies de primatas não hominídeos.
Além da utilização de ferramentas pelos chimpanzés, estudada desde o trabalho pioneiro de Jane Goodall há mais de 50 anos, sabe-se hoje que, pelo menos os macacos pregos dentre os primatas do Novo Mundo, como são conhecidas as espécies pertencentes ao clado que aglutina os símios do continente americano, também utilizam ferramentas de pedra como observou e publicou a equipe dos pesquisadores Eduardo Ottoni, Tiago Falótico e Patrícia Izar do Instituto de Psicologia da USP. As ferramentas líticas são ubíquas entre os macacos-pregos, todos os grupos observados as utilizam para quebrar nozes, que são colocadas sobre uma pedra grande usada como bigorna e golpeadas com pedras menores, dando-lhe acesso à parte comestível.
Em uma publicação recente na Nature, em conjunto com acadêmicos de Oxford, os pesquisadores da USP documentaram inclusive a produção de pedras lascadas pelos macacos-pregos, o que, na palavra dos autores “adiciona uma nova dimensão às interpretações do registro paleolítico humano, a possível função das primeiras ferramentas líticas e os requisitos cognitivos para a emergência da lascagem de pedras” (PROFFITT, 2016). Marx foi um dos primeiros a chamar atenção para a relevância desse tipo de estudo: “A mesma importância que as relíquias de ossos têm para o conhecimento da organização das espécies de animais extintas têm também as relíquias de meios de trabalho para a compreensão de formações socioeconômicas extintas” (MARX, 1988, Livro I, p. 329).
Apesar da sofisticação deste comportamento, que envolve a secagem das nozes para amolecê-las, diferentemente da tradição olduvaiense dos humanos arcaicos, esses macacos não alteram essas pedras, nem utilizam as lascas, que são descartadas como subproduto deste processo. Aqui reside uma diferença, no uso de ferramentas entre os seres humanos e os demais animais, que não passou despercebida por Marx, que notou que “O uso e a criação de meios de trabalho, embora em germe em certas espécies de animais, é uma característica específica do processo de trabalho humano, razão pela qual Franklin define o homem como ‘a toolmaking animal‘, um animal que faz ferramentas” (MARX, 1988, Livro I, p. 329). O fato dos macacos, assim como outras espécies, utilizarem elementos de seu meio para sobrevivência, não faz dessa utilização um tipo de criação de ferramentas, no mesmo sentido que esta atividade tem para os seres humanos. A ferramenta é resultado de desenvolvimento e de uma organização social, que também tem a ver com o caráter teleológico dessa criação. É necessário um gênero social para que as ferramentas se desenvolvam como produto do processo de objetivação humana através do trabalho e, mais tarde, surja a divisão do trabalho.
Mas, esses dados nos servem de indícios de que o uso de ferramentas em geral pelos hominídios possa ser mais antigo que os registros que temos. Ainda mais se considerarmos que outros materiais como madeira e osso também eram transformados em ferramentas, mas, como estes não se conservam com a mesma facilidade que as rochas, as ferramentas líticas são apenas as mais antigas das quais temos registro arqueológico.
Chimpanzés, assim como os orangotangos, bonobos e gorilas, utilizam abundantemente ferramentas feitas de plantas, o que segundo Michael Haslam da Universidade de Oxford, líder do projeto de arqueologia primata, talvez tenha a ver com o fato de que “plantas são ubíquas nos habitats dos primatas, mas as pedras não”. (BARRAS, 2015). A descoberta de ferramentas produzidas por chimpanzés nos sítios Panin na Costa do Marfim, datadas em 4.300 anos, ou seja, anterior à sedentarização agrícola humana nesta região, “sugerem que a cultura material percussiva poderia ter sido herdada de um clado comum entre os chimpanzés e os seres humanos” (MERCADER, 2007). De acordo com esta hipótese, que ainda é bastante discutível, o uso de ferramentas deveria ser então anterior a 7 milhões de anos atrás quando viveu o nosso provável ancestral em comum com os chimpanzés . Isso reforça a proposta de inclusão do gênero Pan, que inclui os chimpanzés e os bonobos na tribo4 dos Hominini. Contudo, pelas observações realizadas, nem todas as comunidades de chimpanzés utilizam ferramentas líticas, apenas algumas comunidades do ocidente da África, o que é um argumento para que esse uso tenha se originado após a separação destas populações de chimpanzé das populações do restante do continente, algo muito mais recente, ocorrido entre 1 milhão e 500 mil anos atrás.
Essa digressão acerca da conformação da nossa espécie, e do nosso papel e do trabalho como categoria ontocriativa do nosso ser social tem como objetivo chamar atenção para a contribuição de Marx e Engels na superação do ponto de vista idealista e religioso para o qual o nosso intelecto comprovaria sermos produto de um criador consciente, que nos fez a sua imagem e semelhança. Essa visão, apesar dos reparos feitos pelos defensores do livre-arbítrio, invariavelmente leva à ideia de povo escolhido, a tribo de Davi, e à necessária subordinação dos outros povos aos representantes de deus na terra.
Outra visão surgida no século XIX, que também se contrapôs à visão religiosa, mas que, a exemplo desta, serviu para justificar os interesses das classes dominantes é a ideia de seleção natural como base de explicação da dominação do homem pelo homem, a partir da interpretação racista de Francis Galton do trabalho de seu primo Charles Darwin. Novamente esta visão é explicada e superada pelo marxismo, que frisa o caráter social da existência humana e da construção da igualdade, a partir da luta histórica pela superação das classes sociais, origem das desigualdades históricas entre os seres humanos.
1Os chimpanzés apesar de poderem se sustentar sobre os dois membros inferiores são considerados quadrúpedes, pois normalmente caminham apoiando-se nos nós dos dedos.
2Dos denisovanos conhecemos apenas alguns dentes, pedaços de mandíbula e uma falange de um dedo encontrados em uma caverna na Sibéria. Contudo, desta falange, que foi destruída no processo, pôde ser extraído DNA extremamente bem preservado, cujo sequenciamento surpreendeu o mundo, ao apontar que o indivíduo não era nem homo sapiens e nem neandertal e que alguns de seus genes estão presentes nas modernas populações de melanésios, aborígenes australianos e mesmo nos tibetanos (regiões distantes da Sibéria), o que demonstra que a história de nossa especiação, e nossa relação com outras espécies próximas é muito mais complexa do que previamente imaginado.
3Curiosamente os neandertais são os hominídios com o maior volume de caixa craniana, 1.740cm³. O segundo lugar é do homo sapiens com cerca de 1.500cm³.
4Tribo aqui se refere ao nível taxonômico da classificação de Lineu que agrupa diferentes gêneros de uma mesma família, ou subfamília.
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